O tombo de Jair Bolsonaro foi tão estrondoso que a pancada ecoou até na política baiana — e adivinhe quem está sentindo as dores? Ele mesmo, ACM Neto, que até ontem se vendia como “o novo” e “a terceira via” e agora parece mais um sobrevivente tentando se equilibrar no naufrágio.

O problema é que a maré não está só contra. Além do baque do ex-presidente, Neto acaba de ser atingido por um escândalo envolvendo seu antigo aliado de confiança, Elmar Nascimento. O episódio caiu como uma bomba no seu QG político e, segundo analistas, pode ser o empurrão final que faltava para jogar sua candidatura no buraco.

A relação com Bolsonaro, que ele tentou esconder debaixo do tapete quando conveniente, agora virou pedra no pescoço. Depois da decisão judicial que enfraqueceu de vez o ex-presidente, ser associado ao bolsonarismo virou uma espécie de passaporte para o fracasso eleitoral — e isso deixou ACM em uma posição delicadíssima.

Nos bastidores, o burburinho é alto: aliados próximos já falam em renúncia como saída honrosa para evitar um vexame nas urnas. “Melhor sair andando do que ser carregado”, disse, em off, um figurão do próprio partido.

Enquanto isso, adversários celebram e a internet não perdoa: memes pipocam retratando ACM como o último bolsonarista insistindo em ficar de pé em um navio que já afundou. A situação virou entretenimento público — e cada novo escândalo rende mais capítulos dessa novela que mistura drama político com comédia pastelão.

A pergunta que fica é: ACM Neto vai resistir à pressão ou será mais um a abandonar o barco? Por enquanto, tudo indica que a temporada de renúncias está só começando.